Uma palavra sobre a terceirização:
O ponto principal, e talvez desapercebido, é que esta aprofunda o encarceramento do ser humano à sub-humana condição de mais que empregado, simples peça de reposição. Ela aprofunda a já existente situação de estagnação das mentes e corpos à posição designada no sistema do mercado.
Ao ultra especializar a mão de obra a uma situação fixa, beneficia a concentração de renda e sepulta até mesmo a ilusão de progressão no atual sistema de empregos. Ao invés de lutar contra a terceirizacão, sugiro coragem.
coragem para usar a força do sistema contra si próprio.. como no judô.
Coragem para aproveitar e ao invés de aprofundar a dependência do emprego, e deixar-se levar pelo medo da perda das pseudogarantias do mesmo, que se tenha coragem de auto-empregar-se (o que é duro, difícil e arriscado) mas que coletivamente gera riquezas locais.
O desemprego criativo NADA TEM A VER COM FICAR EM CASA, DEPENDENDO DE ESTRUTURAS QUE OUTROS CRIARAM, ELOCUBRANDO SOBRE TEORIAS FANTÁSTICAS.
Desempregar-se é deixar de ser força de trabalho alheia e aliar-se a outros para produzir, fazer e reforçar economias de solidariedade, para empreender em redes de amigos, para ter tempo com a família e ao mesmo tempo trabalhar com a família, para realizar algo seu, para deixar de se importar com portarias e leis que o impedem e fazer comércio local, relacional, de qualidade, bonito e ativo. Para criar arte em tudo o que faz e usar o tempo para construir patrimônio coletivo.
Terceirizaram? Abandone o emprego e vá trabalhar. Saia de casa e viva com menos, venda entre os amigos, crie economias locais, trabalhe para o dono da venda ou para o comerciante de seu bairro, cidadezinha ou se se torne um deles. Venda bolos e salgados, cante, pinte coisas e pare de acreditar que a única vida a existir é a que o Mercado te oferece... creia-me existe MUITA vida pra além desse seu mundinho das 8 às 17... oh se existe
Bom dia.
Claudio Oliver
Fonte: Facebook em 24/04/2015
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