Sabe, Pequeno Príncipe, com todo o
respeito: vou te contrariar.
Estive pensando, sentindo… Vivendo! E
não tem como eu encarar sua imortal frase como algo que me sirva. Não tem.
Sabes por quê?
Porque, Meu Príncipe, nem sempre aquilo
que cativo me cativa. Nem sempre aquilo que cativo me faz bem. Tem mais: muitas
vezes, aquilo que cativo me cativa e me faz bem, mas não para sempre, não o
tempo todo. E aí, chega uma hora que não posso mais continuar sendo responsável
por isso.
Não sei se você me entende, Príncipe,
mas eu só gostaria de poder ser livre para gostar de quem eu quero, sem me
sentir culpada ou pesarosa por quem ainda escolhe gostar de mim e eu não posso
retribuir.
Menos ainda, me sentir responsável em
retribuir aqueles que sentem por mim coisas das quais não são capazes de lidar
de forma positiva, fazendo com que isso se torne um fardo, me ameaçando, me
desonrando, denegrindo, me agredindo, só porque acham que devo seguir teu
conselho e ser eternamente responsável por aquilo que cativo.
Não, Querido Príncipe, eu não aceito
essa cruz! Então vamos fazer um trato? Eu me sentirei responsável apenas por
aquilo que eu devo, até o momento em que for devido e você, como boa pessoa que
é, entenderá e me apoiará para que eu nunca mais me submeta a nada ou ninguém
que me faça qualquer mal. Certo?
Meu Pequeno e Amado Príncipe, espero
que entenda e que tu também se cuide.
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