"Já choramos muito, muitos se perderam no caminho. Mesmo assim, não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer sol de primavera... Quando entrar setembro..." (Beto Guedes)

domingo, 17 de janeiro de 2016

Eu não sou eternamente responsável por aquilo que cativo


Por THATU NUNES / 15 DE JANEIRO DE 2016

Sabe, Pequeno Príncipe, com todo o respeito: vou te contrariar.


Estive pensando, sentindo… Vivendo! E não tem como eu encarar sua imortal frase como algo que me sirva. Não tem. Sabes por quê?
Porque, Meu Príncipe, nem sempre aquilo que cativo me cativa. Nem sempre aquilo que cativo me faz bem. Tem mais: muitas vezes, aquilo que cativo me cativa e me faz bem, mas não para sempre, não o tempo todo. E aí, chega uma hora que não posso mais continuar sendo responsável por isso.
Não sei se você me entende, Príncipe, mas eu só gostaria de poder ser livre para gostar de quem eu quero, sem me sentir culpada ou pesarosa por quem ainda escolhe gostar de mim e eu não posso retribuir.
Menos ainda, me sentir responsável em retribuir aqueles que sentem por mim coisas das quais não são capazes de lidar de forma positiva, fazendo com que isso se torne um fardo, me ameaçando, me desonrando, denegrindo, me agredindo, só porque acham que devo seguir teu conselho e ser eternamente responsável por aquilo que cativo.
Não, Querido Príncipe, eu não aceito essa cruz! Então vamos fazer um trato? Eu me sentirei responsável apenas por aquilo que eu devo, até o momento em que for devido e você, como boa pessoa que é, entenderá e me apoiará para que eu nunca mais me submeta a nada ou ninguém que me faça qualquer mal. Certo?
Meu Pequeno e Amado Príncipe, espero que entenda e que tu também se cuide.


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